IPAD

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“A fabricante de chips NVidia está ajudando a inventar uma nova onda de tecnologias que trazem consigo o potencial de mudar o modo como trabalhamos e jogamos. A empresa, produtora de processadores que melhoram imagens e aumentam os músculos de computadores e celulares, está levando entretenimento 3D para lares e vídeo em alta definição para aparelhos de mão. Mas o CEO da NVidia, Jen-Hsun Huang, está mais empolgado com outra coisa: tablets sensíveis a toque como o iPad”, diz Michael Copeland no site da revisat Fortune.

Copeland nota que a NVidia fornece chips para 50 diferentes tipos e modelos de tablet. Mas, segundo ele, Huang declarou, referindo-se ao iPad: “Encontramos nosso computador mais pessoal. Isso é grande e vai mudar a indústria do computador”.

Mas o entusiasmo de Huang não é unanimidade entre seus pares, conta Copeland. “Se o iPad, que será vendido por apenas US$ 499, for um sucesso, poderá realmente mudar a indústria do computador, mas não necessariamente ao gosto de alguns de seus maiores jogadores”.

“Dentre os que aguardam ansiosamente a chegada do tablet da Apple estão fabricantes de hardware como HP e Dell, que têm apostado que o consumidor vai preferir os netbooks; fabricantes de leitores de livros eletrônicos como Amazon e Sony, cujos aparelhos competem com o iPad e com os novos iBooks da Apple, o equivalente editorial do iTunes; e Microsoft e Google, cujos sistemas operacionais concorrem com o iPhone OS que move o iPad. Até a Intel, aliada da Apple, tem motivos para se preocupar: o iPad tem processador próprio, o A4, que a Apple projetou e está sendo produzido segundo suas especificações”, escreve Copeland.

De acordo com ele, há ainda outro motivo para a indústria prestar atenção ao iPad, que é o iPhone. “Quando a Apple apresentou o aparelho, em 2007, a Research In Motion (RIM) tinha o único celular multimídia que prestava e era usado basicamente para negócios. O iPhone mudou isso e ajudou a criar demanda para outros smartphones também: o [Motorola] Droid, o [HTC] MyTouch e outros têm uma dívida com a Apple, que tem se saído bem, mas possui apenas 14,4% do mercado geral de smartphones. O iPad pode mexer com toda a indústria, se os rivais permitirem. Neste caso, a Apple já mostrou que pode dominar um mercado — basta olhar para os tocadores MP3. Sem concorrência, ao invés de se tornar o iPhone dos tablets, o iPad pode acabar sendo o iPod da categoria”.