TI do futuro

TI do futuro

Atualmente para transportar algo ou mover-se de um lugar a outro dispomos de inúmeras opções e meios: carro, táxi, veículo próprio ou alugado, estradas, ferrovias, etc. O que isso tem a ver com TI (Tecnologia da Informação)? É que para falar sobre as transformações que estão acometendo os negócios associados a TI, faremos uma analogia ligada às alternativas de transporte.

Se você optar por utilizar apenas táxis ou carros alugados para locomover-se, poderá pensar em alguns inconvenientes: e meus objetos pessoais, e se o veículo falhar, e se não existirem veículos disponíveis, e as manutenções? Da mesma forma, buscaremos explorar questionamentos que se apresentam às empresas consumidoras das novas ofertas de TI, tais como: BPO, SaaS e serviços gerenciados.

A evolução da TI é cada vez mais acentuada e tem propiciado o surgimento de inúmeras novas empresas e modelos de negócio. Num cenário em que as pessoas optassem por mudar seus hábitos de transporte, utilizando mais táxis e carros alugados, como seria a participação das fábricas, das revendas e das oficinas automotivas? Da mesma forma, com os avanços da TI, como poderá vir a ser o papel da TI nas empresas e o das empresas de TI?

Não há dúvidas de que a TI contribui muito para que as empresas melhorem sua eficiência operacional e ganhem agilidade na condução dos negócios, mas ainda existe uma dificuldade grande para justificar os gastos e calcular o retorno sobre os investimentos em TI. Com o aumento da complexidade para administração e a flexibilidade para contratação de serviços especializados, que variam conforme a extensão e a modalidade (co-location, hosting, SaaS, BPO, etc.), os departamentos de TI têm sofrido mudanças sensíveis na sua forma de atuação, permitindo às organizações concentrarem esforços nas suas competências centrais e ter maior visibilidade sobre os custos da TI. Diante desses acontecimentos, os relacionamentos entre empresas, parceiros, fornecedores e prestadores de serviços, no campo da TI, também estão se alterando.

Voltando aos questionamentos, as organizações devem mudar os hábitos de contratação de aplicações, serviços ou infraestrutura de TI? Todas as empresas devem avaliar continuamente formas de melhorar a produtividade, a qualidade e a continuidade dos seus negócios, diante das novas ofertas e modalidades disponíveis para TI, só não deveriam postar-se indiferentes. Dados dos principais institutos de pesquisa apontam para crescimentos na terceirização da TI, pelos próximos 5 anos, a taxas anuais superiores a 4%.

Como garantir a segurança dos dados e que os processos funcionarão adequadamente? O ditado ? ?O que não se mede não se melhora/gerencia? ? é bastante apropriado para essa situação, o primeiro passo é ter processos e políticas muito bem estruturados, implementados e documentados, só depois você terá condições de estabelecer metas, medidas e contratos que te permitirão regular e cobrar conforme o estabelecido. Esse deve ser o principal motivo para que mais da metade dos processos de outsourcing de TI não correspondam satisfatoriamente às expectativas iniciais de qualidade e custo.

Com relação a algumas novas ofertas de outsourcing para TI, a terceirização de processos de negócio (BPO) tem sido adotada para funções específicas (ex: recursos humanos, contabilidade e central de suporte), a contratação de software, ou infraestrutura, como serviço (SaaS/IaaS), com ajuste dinâmico da capacidade às variações da demanda e pagamento pelo consumo/uso, tem sido mais procurada para aplicações específicas (ex: CRM, ERP e E-mail), e por último, a terceirização da gestão de um ambiente ou aplicação (serviços gerenciados), mais empregada para melhoria da qualidade pela especialização do fornecedor (ex: rede, segurança da informação, colaboração e gestão de documentos).

Com essas transformações, os fornecedores e as revendas tendem a se aproximar mais dos seus clientes e dos negócios dos seus clientes, com uma abordagem mais consultiva e modalidades mais flexíveis para comercialização de seus bens e serviços, nas empresas, o papel da TI tende a parecer mais como o de uma agência reguladora, conhecedora do negócio, das normas e das demandas, e controladora dos relacionamentos com os parceiros, mais focada e alinhada com as necessidades do negócio.

No contexto empresarial é quase automático associar o transporte à logística ? prática responsável pela gestão do fluxo e do armazenamento de materiais ou produtos ? se consideramos os ativos digitais, a TI tem tudo a ver com logística.

Autor: Rômulo é diretor de tecnologia da Kaizen | Fonte: B2B Magazine

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